A Páscoa em Portugal
É nesta altura em que se limpam muito bem as casas, se pintam (ou caiam, nas zonas em que
isso é habitual) e se arranjam pois irá passar o Compasso (a Visita Pascal), que é uma ida do
padre a cada casa para abençoar (e benzer) aquele lar e os que ali vivem.
Tudo isto ligado à Ressurreição de Cristo e à celebração da Vida.
Para além de todas as celebrações e significados da Páscoa, em Portugal é também uma festa
especial dos padrinhos (e madrinhas).
Tradicionalmente, para além das amêndoas (porque parecem ovos pequeninos) e dos ovos
(símbolo da vida), existe o pão-de-ló e os folares que se oferecem às crianças
(especialmente pelos padrinhos).
Estes doces também estão em cada casa para receber o Compasso.
É um sinal de hospitalidade para o padre e os seus acompanhantes (que, para não ficarem
embuchados, têm também à disposição um copinho de licor ou um cálice de vinho do Porto).
Os folares, como sabem, têm um ou mais ovos dentro – e lá voltamos aos símbolos da Páscoa.
Antes da Páscoa, na Quaresma, o tempo é de jejum – evita-se comer carne e a ementa das
sextas-feiras deve ser peixe (bem, na verdade, não deve é ser carne) por respeito, pois foi na
sexta-feira que Jesus foi crucificado e morreu.
Mas como no Domingo de Páscoa se celebra a festa da Ressurreição (voltar à vida, ressuscitar),
volta a comer-se carne: cabrito ou borrego, como se fazia nos tempos antigos. E os doces, claro,
que incluem todos os tradicionais e os folares, como dissemos.
Só mais uma coisa.
Também acontece em muitas localidades celebrar-se a Semana Santa (a semana em que Jesus
foi preso, julgado e condenado) com procissões de velas, à noite, ou representações teatrais
(populares) desses acontecimentos.
Deixo esta rolante com os presentes que recebi,
muito obrigada meus anjos e tenham uma Santa Páscoa!
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